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O GOVERNO DA SÍRIA CONCORDA COM PLANO PARA "CESSAR HOSTILIDADES"


Fonte da imagem: diariodazonanoroeste.com.br


Informações The Guardian O regime de Assad diz que irá cumprir o acordo com Estados Unidos e Rússia se os ataques ao Estado Islâmico e al-Nusra continuarem.


Um obstáculo preliminar ao início do acordo EUA-Rússia de cessar-fogo veio à tona depois que o governo de Assad disse que aceitará um "cessar das hostilidades" com a condição que os ataques ao Estado Islâmico, al-Nusra e outros grupos terroristas não-identificados continuassem por parte das potências.

O regime de Bashar Al-Assad disse que trabalharia com a Rússia para definir quais grupos e áreas seriam incluídas no plano de cessar hostilidades, que está programado para começar neste sábado. O governo da Síria disse que os grupos de oposição não devem ser habilitados a usar o cessar-fogo para ampliar suas posições militares e é preciso considerar essa brecha no acordo.


A declaração conjunta de cessar-fogo da Rússia e dos Estados Unidos na segunda-feira não seria noticiada a menos que os dois países possuíssem indicativos relativamente claros que os termos seriam aceitos pelos protagonistas do conflito, incluindo o governo Sírio, as forças de oposição lideradas pela Arábia Saudita, e pelos Sírios Kurdos.

Os recentes avanços militares no entorno de Aleppo - segunda maior cidade da Síria - incrementaram a ferocidade dos ataques aéreos russos contra posições ocupadas pela oposição.

Existe um ceticismo sobre o cessar-fogo conseguir vencer a dificuldade de definir qual território entrará no acordo, e a forma como alguns grupos de oposição estão entrelaçados ao al-Nusra. O Governo da Síria reforçou a importância de vigiar as fronteiras, enfraquecendo o suporte estrangeiro a grupos armados e "prevenindo que essas organizações incrementem suas capacidades ou mudem de posição", a fim de evitar a destruição do acordo.

Assad acredita que a Turquia atuou em uma linha de suporte para combatentes estrangeiros apoiando ambos, a oposição "moderada" e o Estado Islâmico.


A Turquia foi muito bem-vinda ao plano de cessar-fogo, mas está sendo pressionada pelos EUA a receber cerca de dezenas de milhares de refugiados a mais reunidos na fronteira com a Síria. Eles estão fugindo dos confrontos da região de Aleppo.


O comitê de negociações da Síria - a principal organização protetora para grupos opositores apoiada pela Arábia Saudita - disse, nas últimas horas da segunda-feira, que aceita os termos do cessar-fogo. Entretanto, adicionou que o plano era dependente do fim de todos os cercos, de deixar livre a ajuda humanitária, de libertar os detentos e extinguir os bombardeios por solo e aéreos.

O secretário britânico de políticas exteriores, Philip Hammond, expressou ceticismo sobre o cessar-fogo. Em seu discurso na câmara britânica, ele afirmou: "À despeito das tecnicidades, a grande imagem é essa: a menos que o nível dos dramáticos ataques aéreos russos diminua, esse cessar-fogo não irá sustentar-se, porque a oposição moderada e armada não pode baixar as suas armas e não vai baixar suas armas, enquanto estão sendo aniquilados por via aérea.

O acordo de cessar-fogo permitirá continuar as operações contra Daesh e al-Nusra, e ninguém discorda disso. O problema é o clamor dos russos pela data em que todas as suas ações serão contra esses grupos, em face a isso, os russos podem entrar nesse arranjo baseando-se em não mudar seu comportamento completamente. Se isso acontecer, o acordo falhará antes de decolar, então tudo depende das boas intenções da Rússia".

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