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IMPÁVIDO MUHAMMAD ALI

Lutador, poeta e comediante. Lembranças de frases e situações engraçadas envolvendo um dos maiores lutadores de todos os tempos, do planeta Terra, só aumentam a sensação de afeto e empatia que Muhammad Ali desperta. Nasceu como Cassius Clay e começou a lutar com 12 anos. Como toda lenda que se preza, histórias sobre o pugilista não faltam e Cassius virou verso na música Bob Dylan "I shaw be free", de 1963.


"O impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como ele está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo, melhorá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário. O impossível não existe". Muhammad Ali.

O cantor sentiu-se tocado com a morte e afirmou em seu site oficial, "Se a medida da grandeza é divertir o coração de qualquer ser humano na face da terra, então ele foi o maior de verdade. De todas as formas ele era o mais bravo, o mais doce e o mais excelente dos homens". Ali faleceu de infecção interna generalizada há 7 dias e as cerimônias fúnebres se encerram hoje.



caindo em efeito dominó

O fotógrafo Harry Benson clicou a imagem mais lembrada do encontro de ícones populares e culturais dos anos 60, imitando desenho animado. Fonte da Imagem: Harry Benson/ rollingstone.com

No curioso episódio da foto acima os Beatles aguardaram impacientemente o atraso do lutador na academia Miami Beach's 5th Street Gym. Quase desistiram de esperar. Em 1964 todos sabiam quem era Cassius Clay e sua luta contra Sonny Linston, detentor do título, prevista para acontecer dali a dias seria assistida por todo mundo - os anônimos na ocasião eram os Beatles. Os quatro magrelos e fracotes que insistiam com os dois combatentes para tirar fotografias de divulgação e, assim, comemorar sua estreia na televisão americana. Sonny Linston era o amplo favorito na disputa, mas ele se recusou a ser fotografado com o quarteto e ainda disse que até seu cachorro tocava bateria melhor que aquele narigudo (referindo-se à Ringo Starr).


Cassius Clay venceu a luta, marcante em sua carreira e considerada uma das melhores lutas da história do boxe, foi aclamado, converteu-se ao islamismo e logo após mudou seu nome para Muhammad Ali. Com alcunha de invencível lutou nos ringues e também durante uma vida toda contra a segregação racial, numa época em que os Estados Unidos possuíam leis racistas para impedir as pessoas de dividirem espaços comuns. Depois de 3 anos dessa fotografia, em 1967, Muhammad foi convocado pelo exército para lutar na Guerra do Vietnã e se recusou alegando ser contrário à guerra e nunca ter sido discriminado por um vietnamita. Foi preso e processado por esse motivo.


Talvez exista uma aura em torno de Muhammad, algo que só figuras históricas conservam. Ao observar não tem como não perceber, ele nunca fez muita pose ou exagerou sorrisos. Quase tudo relacionado ao lutador se transformou em objetos colecionáveis, cultuados. No funeral, muita comoção, cerca de 15 mil pessoas passaram diante do ídolo morto, todas elas pagaram por seus ingressos em dólares, vieram de diversos lugares do mundo e algumas chegaram ao lugar com 5 horas de antecedência.


Hoje, sexta-feira, 10 de junho, acontece o enterro em Louisville, a cidade interiorana onde Ali morava quando criança e está mobilizada em homenagens. Ele é o herói do lugar e a casa dos seus pais virou um museu. A residência conserva réplicas dos móveis originais e objetos dos pais de Cassuis Clay.

nos bastidores

Flagra em gargalhada sem se conter de Bob Dylan ao lado do boxeador Muhammad Ali

Fonte da Imagem: rollingstone.com


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