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SOBRE A DIFICULDADE DE ACEITAR A DIVERSIDADE


Manifestação em homenagem aos mortos de atentado em Orlando

Os indivíduos não são iguais, o ser humano é diverso, multifacetado, passível da mais profunda complexidade e às pessoas deveriam ser oferecidas possibilidades de expressar seus sentimentos. Por isso são assustadores crimes de assassinato (um verdadeiro massacre, no caso) motivados por ódio e intolerância, como o atentado acontecido em Orlando, na boate Pulse. Pelo menos 49 pessoas morreram em consequência dos disparos, desferidos por um atirador solitário, portando um fuzil AR-15 e uma pistola. As armas, legalizadas, incentivam nos Estados Unidos a discussão a respeito da facilidade com que é concedido o porte e sobre a cultura das armas; na visão de políticos mais conservadores há outras críticas e se endereçam ao fato do presidente Barack Obama não estar disposto a se envolver com políticas de guerra mais agressivas. Voltando ao tema principal, na madrugada de domingo Omar Mateen rendeu o segurança e entrou na boate Pulse, trocou tiros com a polícia e fez reféns, mesmo assim, chegou a executar 49 pessoas, houve quem conseguisse fugir. Segundo relatos, o cenário nos arredores era de catástrofe, com pessoas ensanguentadas e em pânico correndo pelas ruas, algumas buscaram esconderijo num posto de gasolina e num fast food ao lado do clube.

O que poderia ter feito eclodir esse ódio doentio, se é que existe explicação racional, segundo declarou o pai do atirador à imprensa americana, foi um episódio há alguns meses onde Omar havia presenciado dois homens se beijando nas ruas de Orlando. O protagonista, autor do último e maior assassinato múltiplo da década, teria se irritado com fato do casal ter se beijado em frente ao seu filho de três anos. "Estão fazendo isso em frente ao meu filho!", indignou-se.


As pessoas e a sociedade americana, assim como todos atentos à liberdade dos cidadãos e aos direitos humanos, ainda não conseguiram digerir plenamente o episódio. Mateen morreu na troca de tiros, homenagens às vítimas e debates se espalham. Nada de bom pode surgir de expressões hostis à diversidade humana.

O atirador Omar Mateen à esquerda, sua esposa Nor Mateen e filho.

Fonte das imagens: christianpost.com /


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