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Terapia com laser e bactéria marinha promete avanço em tratamento de câncer de próstata sem efeitos


Um novo tratamento de câncer de próstata está sendo saudado por médicos como um avanço significativo no combate à doença.

A nova abordagem foi desenvolvida pelo Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, juntamente com a empresa Steba Biotech. Já foi testada em diversos países europeus e usa lasers, bem como uma droga feita de bactérias marinhas, para eliminar os tumores, mas sem causar os severos efeitos colaterais de outros tratamentos.

De acordo com um artigo publicado pela revista médica The Lancet Oncology, testes em 413 homens mostraram que quase metade deles não apresentou vestígios da doença depois do tratamento.

As terapias atuais, envolvendo cirurgia e radioterapia, têm frequentemente a impotência e diferentes graus de incontinência urinária como efeitos colaterais permanentes - quase 90% dos pacientes desenvolvem disfunção erétil e um em cada cinco sofrem para controlar suas bexigas.

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Isso explica porque muitos homens não procuram tratamento nos estágios iniciais da doença, mudando de atitude apenas quando o câncer de próstata fica mais agressivo.

"Isso (o novo tratamento) muda tudo", explica Mark Emberton, cientista e médico que testou a nova terapia no University College, de Londres.

Engatilhado para matar

A droga utilizada pelo novo tratamento é feita de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano, praticamente na escuridão, e que ativam suas toxinas quando expostas à luz.

A intervenção com o laser é feita através da inserção de 10 fibras óticas na região do períneo - o espaço entre o ânus e os testículos para alcançar a próstata.

Quando os laseres são ativados, eles ativam a droga, injetada na corrente sanguínea e que "mata" os tumores.

Os testes com o novo tratamento foram realizados em 47 hospitais europeus e 49% dos pacientes entraram em remissão completa. Posteriormente, apenas 6% dos pacientes precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes que não foram submetidos à terapia.

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E o impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses - nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos após dois anos.

Um desses pacientes, o britânico Gerald Capon, de 68 anos, contou à BBC que "está totalmente curado".

"Sinto-me extremamente afortunado por ter sido aceito no programa de testes. Sinto que poderei passar o resto da minha vida sem preocupações", contou.

Capon teve alta do hospital um dia após o tratamento.


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